quinta-feira, 16 de abril de 2015

Há os que tudo têm e os remediados.  E também os pobres e os pedintes.
Há os que tudo querem e os desprendidos.
Há os que sonham.  Os que adivinham o futuro.  E os que o temem.
Há os que fazem planos e projectos.  E os que se deixam surpreender pela vida.
Há os que valorizam os afectos e os outros, os que só pesam a matéria.
Há os que sofrem e choram e os que riem de si próprios.
Há os que gritam e os discretos, os que se ouvem por dentro.
Há os solitários e aqueles que só estão bem se tiverem uma sombra.  Ou se forem a sombra de alguém.
Há os serenos e os loucos.
Há os que desesperam por tudo e por nada. E aqueles para quem as contrariedades são feitas para ultrapassar.
Há os que amam sem cobrar.  E os outros, os interesseiros, os que esperam sempre a recompensa.
Há os transparentes, os genuínos.  E os que os tentam imitar mas não passam de um bluff.
Há os que são desejados e os que se impõem.
Há os felizes.  E os outros.
Há de tudo, sem haver meio termo...

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