quinta-feira, 16 de abril de 2015

Eu não me apercebi do momento em que comecei a deixar de te amar.  Não sei se foi naquele dia em que ficaste sentado quando eu te pedi ajuda para carregar as compras que eram muitas.  Ou no outro, quando te esqueceste de responder às minhas mensagens e me deixaste à espera.  Não registei a data, não memorizei o momento.
O que eu sei é que lentamente, como quem não quer, comecei a acabar de gostar de ti.  E essa é uma viagem sem volta, porque quando eu começo a fazer o caminho do desamor, já não encontro forma de voltar atrás.  Nem quero.  É sempre assim, nunca volto ao que acabou... 
O amor é uma ocupação de vinte e quatro horas, sempre o senti como tal.  Só me faz sentido assim, é demasiado importante para o viver de outra forma.  E o desamor é como um vírus que quando se instala vai, aos poucos, fragilizando o meu coração até o deixar vazio.
Agora olho para ti e pergunto em que parte da nossa historia isso aconteceu.  Em que dia.  Em que momento.  E não consigo responder-me.
O que me ocorre é a memória dos momentos em que ainda te sentia como parte de mim.  Em que ainda respirava ao mesmo ritmo que tu.  Agora falta-me o ar...
Agora olho-te e já não encontro em ti o meu amor.  Nem a sua sombra.  O desamor ocupa todo o espaço onde dantes tu estavas.  Temos pena...

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