O amor
Tenho saudades tuas. Do teu amor. De acordar ao teu lado. De me dares os bons dias. De te ouvir, de me ouvir, de me beijares antes do pequeno-almoço.
De ser abraçada por ti quando me deixas à porta do trabalho, num abraço que dura o dia inteiro. E de voltar para casa no final do dia, sabendo que nos temos um para o outro outra vez.
Tu és o meu vício, eu já percebi. É ainda muito pouco tempo, eu sei, mas é tão intenso que até me parece que durou desde sempre, que foi assim a vida inteira. O amor não se mede nem se compara, é como a dor ou a saudade. Existe só por ser. Ou então não vale a pena falar dele.
Aos poucos deixámos de ser apenas um, passámos a ser nós. E sem nos darmos conta, fomos ficando entrelaçados, tanto que eu já quase nem me lembro de como éramos antes disto. De repente tu ocupaste todos os lugares vagos, o do amor, o do irmão, o do amigo, o do confidente, tu passaste a ser tudo para mim... e agora, só eu sei o quanto já não sei ser sem ti...
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