Há dias que acordo assim. Que os pensamentos se atropelam na minha cabeça como se quisessem fugir de mim. Chegam em série, sem qualquer ordem, e eu tento fixar-me neles e não consigo. Porque ainda não acabei de dar as boas-vindas a um e já outro está a chegar para me ocupar a cabeça. Para me fazer esquecer o anterior, que assim fica sem ser pensado. É complicado. E cansativo.
Nestes dias, não consigo deter-me por inteiro num pensamento. Chamar-lhe meu, adoptá-lo, dar-lhe um nome e uma casa. E eles ficam incompletos, entrelaçados entre si, tornam-se inúteis. E nem chegam a ser importantes porque, às tantas, o esforço que eu faço para os reter ocupa mais a minha atenção do que o próprio pensamento em si.
São os dias em que eu tento que a minha mente seja menos hiperactiva e pare de respirar. Ou de viver, se viver for pensar.
E tu? Qual é o espaço que dás entre cada um dos teus pensamentos? Consegues agarrá-lo no início, um de cada vez, acompanhá-lo por inteiro e, no final, deixá-lo ir embora na sua missão? Eu, às vezes, até consigo fazer isso. Mas hoje não. Hoje não é o dia...
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