sexta-feira, 11 de julho de 2014

Há dias que acordo assim.  Que os pensamentos se atropelam na minha cabeça como se quisessem fugir de mim.  Chegam em série, sem qualquer ordem, e eu tento fixar-me neles e não consigo.  Porque ainda não acabei de dar as boas-vindas a um e já outro está a chegar para me ocupar a cabeça.  Para me fazer esquecer o anterior, que assim fica sem ser pensado.  É complicado.  E cansativo.
Nestes dias, não consigo deter-me por inteiro num pensamento.  Chamar-lhe meu, adoptá-lo, dar-lhe um nome e uma casa.  E eles ficam incompletos, entrelaçados entre si, tornam-se inúteis.   E nem chegam a ser importantes porque, às tantas, o esforço que eu faço para os reter ocupa mais a minha atenção do que o próprio pensamento em si. 
São os dias em que eu tento que a minha mente seja menos hiperactiva e pare de respirar.  Ou de viver, se viver for pensar. 
E tu?  Qual é o espaço que dás entre cada um dos teus pensamentos?  Consegues agarrá-lo no início, um de cada vez, acompanhá-lo por inteiro e, no final, deixá-lo ir embora na sua missão?  Eu, às vezes, até consigo fazer isso.  Mas hoje não.  Hoje não é o dia...

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