sexta-feira, 18 de julho de 2014

De vez em quando viajo.  Fixo os meus olhos num ponto e, quando me dou conta,  já estou muito para além dele.  Nas mãos não levo bagagem.  E ao voltar, continuo a tê-las como agora, vazias.  Na cabeça, pelo contrário, albergo todos os lugares do mundo.  Os que conheço, onde vivi, os que ficaram dentro de mim, alguns onde só estive enquanto folheava as páginas de uma revista. 
Às vezes viajo.  Para lugares onde não existem palavras nem números.  Apenas música.  E cores, muitas cores.  E onde o arco-iris é todo em tons de azul.
Por vezes saio do meu corpo e fico lá em cima, a flutuar.  É bom.  E viciante.  E o pior de tudo é quando acontece não me apetecer voltar para dentro dele...

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