Diz-me que é mentira. Que estão todos enganados. Que não é de ti que falam quando dizem que me enganas. Que tens um irmão gémeo, o tal que viram acompanhado por outra mulher.
Diz-me que não é verdade. Que só tens olhos para mim. Que nada mais te importa. Porque nada mais me importa a mim. Ainda que te visse com outra, pensaria sempre que não eras tu, que era outro, vestido de ti.
Diz-me que me mentem. Que não sabem nada de nada. Que não sabem nada de nós.
Diz-me que não me iludo quando acredito em ti. Quando penso no amanhã e nos vejo abraçados, como ontem estivemos. Como ontem e não como hoje, porque o dia de hoje não existe para mim. Apenas porque o que me contam hoje sobre ti faz com que não queira ter este dia na minha vida. Na nossa vida. Na nossa historia.
Diz-me que é verdade. Que só eu existo para ti. E que a historia que temos juntos é a única que te faz viver.
Digo-te que és real. Que existes. Que és o meu amor e o meu vicio. Que não passo sem ti. Como me fizeste acreditar que não vives sem mim.
Diz-me que é falso o que me contam. Ou, ainda que seja real, diz-me, por favor, que te enganaste. Que quando a beijaste era os meus lábios que procuravas. Que quando a olhavas era a mim que vias. Que só eu existo para ti. Que tudo foi um pesadelo. Que nada disto aconteceu.
Diz-me que vale a pena não viver o dia de hoje. Passar logo do ontem para o amanhã. Continuar este caminho, secar as lágrimas, não deixar vestígios. Não deixar marcas que ensombrem os resto dos nossos dias.
Diz-me que me amas para sempre. Só a mim. Ou, se já não fores capaz, deixa-me dizer isso a mim mesma e apagar a tua existência dentro de mim. Sem deixar rasto.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
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