quinta-feira, 9 de julho de 2015

Hoje viveste outra vez, Avó.  Apareceste-me à noite dentro dos meus sonhos.  Nem percebi bem como foi, quando dei por mim tu já lá estavas.  Não era só a tua imagem, eras tu inteira.  E não eras só saudade ou angústia - isso sinto eu  pelos que morreram e já não voltam - tu estavas tão viva como eu, o sonho todo foi a tua voz, o teu cheiro, o toque da tua mão.  Voltei a ouvir-te chamar o nome que me deste em pequena "Sissi, minha querida Sissi", e percebi, uma vez mais, que os nossos nunca morrem. 
Durou muito mais do que o tempo de um sonho. E de manhã, ao acordar, deixei-o ficar na cama desfeita e tu percorreste comigo o meu dia até agora. 
Hoje morreste outra vez, Avó...

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