Hoje apetece-me escrever sobre o adeus. Sobre a despedida que acontece de todas as vezes que me venho embora e vos deixo para trás. Sobre o vazio que me enche a alma. Que me acompanha nesse dia e nos próximos e que se vai diluindo aos poucos à medida que o tempo passa. À medida que se aproxima o reencontro que dará, depois, origem a um outro adeus. Inevitavelmente. Porque é dentro deste figurino que estamos a viver. De todas as mudanças, esta é a que me custa mais, sem dúvida. A que me deixa sem chão, sem brilho nos olhos, sem calor nas mãos...
Faço a viagem de regresso a falar de nós, A maior parte das vezes, a fazê-lo para dentro de mim. A rever momentos que vivem na minha memória. A procurar cheiros e sons que estão lá dentro. A fechar os olhos e a vê-los como se um filme fosse.
Foi assim ontem, na viagem de regresso. E fiquei na dúvida se as gotas que molharam o vidro durante todo o percurso caíram do céu em forma de chuva ou dos meus olhos com o nome de lágrimas. Adoro-vos minhas filhas!
Sem comentários:
Enviar um comentário