terça-feira, 1 de julho de 2014

Quando me envolves no teu abraço é como se entre mim e ti houvesse apenas nós.  Os teus braços, fortes, prendem o meu corpo com a firmeza com que seguram a vida.  A minha vida.  Para que ela não volte nunca mais a ir embora.  Para que o tempo que existiu entre aquele abraço de outrora e este de hoje, fique onde deve estar.  No passado, no nunca mais.  E eu deixo-me ficar dentro deles como se fossem um agasalho que me aquece e conforta.  Que me fica bem. E que não vou querer deixar nunca mais.
O teu abraço.  O nosso abraço.  Dentro dele cabe o mundo inteiro.  O que eu tenho, o que eu encontro, por vezes o que eu reencontro.  Nada é mais profundo que esse abraço.  Que me reconforta e acalma, que me faz sorrir, que me lava a alma.  Dentro dele cabem todas as cores que tem o arco-íris.  Dentro dele e por causa ele, todos os pensamentos fazem sentido, todas as palavras rimam.  
Já tive muitos outros abraços em outros dias.  Que me seguravam com firmeza, que me apertavam com sofreguidão, que não me queriam deixar ir.  Todos eles tiveram o seu tempo, a sua história.  De todos eles guardo memórias, de alguns guardo saudades.  Em todos eu vivi durante algum tempo.  E todos fizeram parte do caminho que me trouxe até aqui.  Ao teu abraço.  À casa onde eu moro.  Ao lugar onde acordo todas as manhãs.

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