terça-feira, 12 de novembro de 2013

Andamos sempre preocupados. Com os pais que estão sozinhos e, por vezes, tristes e doentes e não nos deixam a mente livre. Com os filhos que ainda não cresceram (mas não o sabem!) e nos ocupam o que sobra do pensamento. 
Os nossos dias deslizam entre uns e outros e a preocupação é sempre a mesma. Como estar lá e cuidar e, ao mesmo tempo, dar espaço para que uns e outros não reclamem o demasiado controle. Não estar tão perto, assim, mas não deixar de estar atento, contudo. 
Levamos toda a nossa juventude a ansiar pelo dia em que ficaremos finalmente independentes, por nossa conta e risco, adultos de nome próprio e apelido... até um dia sermos pais. A partir daí e durante umas décadas passamos a viver a vida dos filhos e as preocupações com eles passam a ser a nossa prioridade. Até ao dia em que eles começam a viver a sua própria vida e a ter, também, as suas preocupações. Logo a seguir é altura de cuidar dos pais ou dos sogros doentes ou sozinhos e, de novo a sombra da preocupação instala-se na nossa vida. 
Porque somos gente com corpo e alma, porque não somos ilhas...

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